Após reunião realizada no gabinete da vice-presidente do Tribunal, representantes dos trabalhadores e dos empregadores chegaram a uma proposta de acordo que contempla necessidades de ambos os lados
Antecipando-se à greve no transporte coletivo de Cuiabá e de Várzea Grande, o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT) promoveu, nesta terça-feira (26), uma reunião de tentativa de conciliação entre os sindicatos dos Motoristas e Trabalhadores (STETT) e o das Empresas (STU).
O encontro se deu por iniciativa da desembargadora Beatriz Theodoro, vice-presidente do Tribunal, a quem cabe a condução dos dissídios coletivos.
Apesar da restrição de espaço físico que pudesse receber a todos os trabalhadores – a exemplo de negociação dessa mesma categoria, ocorrida no ano passado – a desembargadora abriu seu gabinete para que representantes de ambos os lados pudessem encontrar soluções que permitissem o consenso. “É preciso ressaltar que uma reunião como essa só é possível porque ambos os sindicatos – laboral e patronal – já se encontram em um grau de maturidade com o qual pode-se construir um acordo a quatro mãos”, enfatizou a magistrada.
Relatora de uma ação cautelar ajuizada pelo STU tendo em vista à iminência da paralisação dos motoristas, a desembargadora já havia designado audiência para a próxima segunda-feira (1º de junho) em cumprimento ao prazo legal de cinco dias para esses casos. No entanto, a preocupação com os reflexos para a sociedade de uma greve no transporte coletivo levou à antecipação da reunião.
Foram cerca de duas horas de negociação, período durante o qual as tratativas foram avançando para contemplar parte das necessidades apresentadas pelos dois lados. “As reivindicações dos trabalhadores são justas, mas as ponderações dos representantes das empresas também são pertinentes. E nesse momento econômico em que estamos vivendo, precisamos refletir e chegar a uma proposta comum”, ponderou a desembargadora.
Ao final, proposta prevê uma recomposição imediata dos salários dos motoristas de R$1,8 mil reais para R$2 mil e um reajuste no vale alimentação dos atuais R$100,00 para R$110,00, em agosto, e para R$120,00 em janeiro de 2015. Também para o início do próximo ano, a comissão paga a esses profissionais subiria dos atuais R$230,00 para R$240,00.
Quanto aos demais trabalhadores do transporte coletivo – como mecânicos, lavadores, faxineiros e encarregados – a previsão é que seja aplicada recomposição imediata de 8,5% (INPC) bem como a fixação do vale alimentação do valor mínimo atual de R$50,00 para R$65,00.
A proposta será agora submetida, em assembleia, aos membros de ambos os sindicatos e, caso, aprovada comporá a ata de audiência, a ser realizada no início da tarde desta quarta-feira (27)
Fonte: http://portal.trt23.jus.br/