Conduzir os destinos da Amatra5 com lisura e determinação, além de lutar pelas prerrogativas do juiz do Trabalho e pela valorização da Justiça. Esses foram alguns compromissos assumidos pela nova presidente da Associação (biênio 2017/2019), juíza Angélica Ferreira, que tomou posse, junto com a nova diretoria, na última sexta-feira (5/5), em cerimônia realizada no Hotel Sheraton.
A presidente do TRT5, desembargadora Maria Adna Aguiar, parabenizou as duas diretorias e ressaltou que a Amatra5 é uma das associações mais combativas do Brasil. “Vamos caminhar sempre em direção ao futuro”, ressaltou.Já o presidente da Anamatra, Germano Siqueira, afirmou que o Direito do Trabalho nunca foi tão ameaçado e citou os projetos de reforma trabalhista e de abuso de autoridade em tramitação no Congresso. “Vivemos uma época de completa revisão dos princípios do próprio Direito do Trabalho”.
A solenidade marcou também os 40 anos da entidade, com uma série de homenagens aos ex-presidentes e fundadores, além de uma palestra proferida pelo presidente do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor), desembargador James Magno Araújo Farias, sobre “Direitos Sociais no Brasil. O Trabalho como Valor Constitucional”.
Ainda durante o discurso de posse, a nova presidente elogiou o trabalho desenvolvido pela gestão anterior, assim como agradeceu a confiança dos colegas que elegeram a chapa União e Ação. Ressaltou também o momento delicado que atravessa a Justiça do Trabalho, conclamando os magistrados a se unirem em torno da associação.
O evento foi aberto pela presidente que estava deixando o cargo, juíza Rosemeire Fernandes. Ela começou elogiando o trabalho dos fundadores, “um grupo de magistrados que há quatro décadas ousou desafiar as expectativas de que lugar de juiz era apenas em seus gabinetes e salas de audiências”.
Depois foi a vez da conferência magna do desembargador James Magno Araújo Farias, que abordou vários aspectos ligados ao Direito do Trabalho contemporâneo. Começou falando das redes sociais como formadoras de opinião e ressaltou que elas podem destruir reputações. Disse ainda que primeiro tentaram enfraquecer a Justiça do Trabalho diminuindo o seu orçamento e agora com a tese da supremacia do negociado sobre o legislado. “Tudo isso porque somos uma Justiça eficiente e célere, a primeira totalmente eletrônica”, disse o desembargador.