Um dos mais talentosos e brilhantes participantes da história do GEMT, Alexandre Franco Vieira (Fortaleza/CE) envia um dos mais profundos e úteis depoimentos já recebidos pelo grupo e afirma: “(..) É aí que entra o GEMT. De fato, foi a escolha mais acertada que fiz para verdadeiramente alcançar os meus propósitos (...) Se me permitem uma metáfora. Lembro-me da Odisseia de Ulysses, que, tentado pelas ninfas, somente não se lançou ao mar rumo à morte, porque estava fortemente atado por cordas ao mastro do navio. Pois bem, os debates e as rodadas do GEMT são como essas cordas que nos impedem de sucumbirmos ao “canto das sereias”, à leitura ilusória e inútil de qualquer coisa que lançam no mercado apenas para vender”.
Alexandre escreveu:
Prezado amigo Davi, inicialmente minhas escusas pela demora em enviar este depoimento. É que após o tão almejado resultado, o descanso é uma medida que se impõe. Eu simplesmente me “desconectei”.
Mas, vamos lá. Quando comecei o meu percurso, a aprovação era apenas uma miragem distante e utópica. Não sabia por onde começar e nem tinha convicção acerca do caminho a seguir. Para falar a verdade, eu achava que nunca ia conseguir. Às vezes parecia um mero devaneio. Além do mais, minhas circunstâncias de vida não eram nada favoráveis (trabalho, compromissos familiares, escassez de tempo e de recursos também, enfim...).
Eu me lembro de uma expressão do pensador espanhol Ortega Y Gasset que dizia “eu sou eu e minhas circunstâncias”. Por esse raciocínio, minhas circunstâncias determinariam o meu destino, cabendo a mim somente a resignação. Mas eu não podia aceitar esse determinismo perverso. Na verdade, “somos condenados a ser livres”, como diria Sartre.
Foi então que percebi a necessidade de vencer o conformismo paralisante e assumir a responsabilidade de minhas escolhas. Bom, é aí que entra o GEMT. De fato, foi a escolha mais acertada que fiz para verdadeiramente alcançar os meus propósitos.
A excelência das rodadas semanais e, sobretudo, a qualidade das correções de sentença me deram a segurança de que a “miragem” não era um delírio, de que finalmente era possível vencer minhas circunstâncias.
Mesmo quando não participava diretamente dos debates semanais (por absoluta falta de tempo para elaborar uma intervenção que fosse construtiva), nunca, nunca mesmo, deixava de ler os e-mails, as rodadas e ver as correções de sentença dos colegas. Podem acreditar, é uma fonte riquíssima de informações úteis. Afinal, ninguém pode perder tempo lendo qualquer coisa.
Se me permitem uma metáfora. Lembro-me da Odisseia de Ulysses, que, tentado pelas ninfas, somente não se lançou ao mar rumo à morte, porque estava fortemente atado por cordas ao mastro do navio. Pois bem, os debates e as rodadas do GEMT são como essas cordas que nos impedem de sucumbirmos ao “canto das sereias”, à leitura ilusória e inútil de qualquer coisa que lançam no mercado apenas para vender.
Muitas e incalculáveis vezes pensei em desistir. Mais ainda depois de cada resultado frustrante. No entanto, o acolhimento dessa comunidade, que ouvia o que eu tinha dizer – mesmo quando não concordava com meus argumentos – dava-me o entusiasmo de um iniciante.
Sei que, como eu, muitas pessoas trabalham e ainda assumem incontáveis responsabilidades junto à família. Também sei que não há uma “receita”, pois nada é mais singular do que o estudo de cada um. Também não estou dizendo que é fácil, que basta fazer isso ou aquilo, mas estou afirmando que o GEMT oferece, de verdade, um material imprescindível para uma conquista mais rápida e menos angustiante. Mas tem que ser levado a sério.
Parabéns a toda equipe GEMT!
Alexandre
