Curso para Concurso de Juiz do Trabalho e de Procurador do Trabalho.
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Depoimento

ALEXANDRE VALLE PIOVESAN

Aprovado no exame oral do TRT/22, Alexandre Valle Piovesan (Palmas/TO) envia um dos mais belos depoimentos da história do GEMT e afirma: "Não vejo, hoje, um método de ensino tão eficaz quanto ao apresentado pelo GEMT. Ele induz o aluno a pensar e a se posicionar como um juiz, o que ajuda muito na hora de fundamentar questões dissertativas e provas de sentença. Para tirar a dúvida, basta ver a significativa quantidade de candidatos aprovados que são egressos do grupo".

ALEXANDRE VALLE PIOVESAN Aprovado no TRT/22 - Juiz do Trabalho PALMAS/TO
Alexandre escreveu:

Grande Davi, boa tarde!

A par de me desculpar pela demora, envio-lhe este breve depoimento em que procurei relatar um pouco da historia da minha vida, bem como consignar a importância extrema que teve o GEMT na minha aprovação.

Nasci em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, chamada Constantina, com cerca de 10 (dez) mil habitantes. Minha mãe, durante a minha infância, lecionou em algumas escolas municipais e, para complementar sua renda, nos finais de semana trabalhava como manicure e fazia doces para vender. Meu pai, por sua vez, tinha uma pequena oficina eletrônica.

Muito embora meus pais jamais tenham tido condições de me proporcionar/dar grande coisas de ordem material, eles sempre me incentivaram a buscar e dar o meu melhor, independentemente das circunstancias e das adversidades que a vida pudesse me colocar.

Ainda cedo, aos 4 (quatro) anos, aprendi a ler e a escrever com a ajuda de minha mãe, bem como a jogar xadrez, com o auxílio dado pelo meu pai. Estas atitudes de meus pais, creio eu, foram a grande contribuição para que eu despertasse o meu interesse em aprender, até porque, meu pai sempre me dizia algo do tipo “eu não posso te dar coisas materiais, mas com o que eu posso te ensinar você pode ir muito longe e conseguir o que almejar, basta acreditar e querer”.

No decorrer de minha infância, como meus pais não podiam me dar mesada, eu ia, nos finais de semana, no clube comercial da minha cidade, onde eram realizadas partidas de futebol, e tomava um carrinho, daqueles de vender picolé, para vender água e refrigerante aos espectadores, o que, ao final do dia, me rendia uma pequena comissão. (aos colegas concurseiros, não considerei, neste particular, os aspectos do trabalho irregular, rsrs...)

No ano de 2001, com a formatura da minha mãe no curso de direito, mudamo-nos para a cidade de Palmas/TO, lugar que, tenho eu, proporcionou uma grande “virada” em minha vida.

No início, sofri muito com questões de adaptação, tinha uma certa dificuldade em fazer amigos, até porque, de alguma forma eu fugia os padrões normais das crianças da minha idade. Digo isto porque aos 12 (doze) anos de idade eu tinha sérios problemas de obesidade, sendo que cheguei, nesta idade, a pesar 92 Kg, e os gordinhos sabem, e eu me compadeço deles, que há um certo preconceito com a aparência física, ainda mais quando se trata de relacionamentos interpessoais entre crianças.

Mas, não me dei por derrotado! Com muita vontade de vencer e de mostrar para as pessoas que eu era capaz, passei a fazer dieta e muita atividade física, o que me rendeu, em um curto período de tempo, uma “enxugada” (rsrs...) de exatos 17 Kg. Aquilo foi ótimo pra mim!

Veio o ensino médio e, com ele, mais dificuldades. Passei a deixar os estudos um pouco de lado e o resultado foi desastroso. No primeiro ano, fiquei em dependência de 7 (sete) disciplinas. Chegando no terceiro ano, já tinha ganho, na escola em que eu estudava, a fama de “burro”, o que se “confirmara” com a minha penosa reprovação na Universidade Federal do Tocantins e aprovação da grande maioria de meus colegas de sala, inclusive no curso de Direito.

Por ter passado no vestibular de uma faculdade privada, passei a cursar direito lá. Estava decidido a mudar de vida e a não experimentar mais o fracasso. No primeiro período decidi, “Vou ser Juiz!”, não sabia de que área, mas era o que eu queria.

Entretanto, embora o sonho existisse, a sua concretização passou a ser comprometida. No segundo período passei a estagiar em um escritório de advocacia, sendo que lá cumpria 8 (oito) horas de trabalho por dia (pessoal, aos assutados, ainda não existia a Lei 11788, rsrs...) e, à noite, ia para a faculdade.

Passei a fazer parte da turma do fundão, sendo que não conseguia, devido ao cansaço, acompanhar todas as aulas, e a fama de “burro” transpôs a escola e chegou até a faculdade. Confesso que não sabia nada, nem o que era pessoa jurídica (e é verdade!), o que me rendeu reprovações nas seguintes disciplinas: direito civil I, psicologia jurídica, filosofia do direito e, pasmem, ensino religioso (matéria ministrada devido à instituição ser católica).

Após um certo período, larguei o meu estágio decidido a estudar, queria o renascimento do meu sonho: “ser Juiz”, mesmo sem saber de que ramo.

Me influenciou muito um professor de faculdade, cuja história de vida é cativante, seu nome é Adelmar Aires Pimenta e ele é Juiz Federal do TRF1. No último dia de aula, nunca me esquecerei, ele deu uma aula apenas sobre concurso público, sendo que nela traçou a trajetória de sua vida e aquilo mexeu muito comigo. Lembrei-me de todas as dificuldades que havia passado e passei a acreditar, cada vez mais, que o sonho era possível, bastava acreditar e me dedicar muito!

No sexto período de faculdade (segundo semestre de 2009), tendo tido contato com direito do trabalho, decidi, “quero e vou ser Juiz do Trabalho” e mais, devido à minha teimosia, havia afirmado para mim mesmo que até os meus 25 (vinte e cinco) anos eu passaria.

Comecei a estudar exaustivamente, pois acreditava no meu sonho!

Passei a estagiar no Tribunal de Consta do Estado do Tocantins e com a bolsa lá recebida, R$400,00, gastava, mensalmente, R$150,00 na minha formação, seja comprando livros ou material.

Como meu curso de direito era pela manhã e o estágio à tarde, passei a adotar uma estratégia cansativa, e não menos temerária, para ter mais tempo de estudo: Saía da faculdade às 10:00, almoçava e chegava ao meu estágio por volta das 10:30, e lá cumpria a minha carga horária diária até às 14:30. Saindo de lá, procurava alguma biblioteca e iniciava meus estudos às 15:00, sem ter hora para parar.

E veio o primeiro resultado. Logo no primeiro semestre do ano de 2010 surgiu uma única vaga no temido estágio do Ministério Público do Trabalho da 10ª Região – PTM de Palmas, cuja prova era conhecida pelo elevado grau de dificuldade. Fiz, confiante, e alcancei o primeiro lugar com a média 7,5, sendo que fiquei empatado com um rapaz que havia alcançado o primeiro lugar em Brasília/DF, o que me motivou bastante.

Passei a estagiar no MPT e meu contato com o direito do trabalho se tornou ainda mais próximo, o que fazia com que cada dia mais eu quisesse presidir uma audiência trabalhista rsrs.

Ocorre que, antes disso, deveria passar no Exame da OAB, também famigerado pelos constantes altos índices de reprovação após a realização das provas pela FGV. Fiz o exame 2010/3, ainda no meu oitavo período de faculdade e logrei êxito na primeira fase. Na preparação para a segunda fase me deparei com um pequeno problema: eu havia me inscrito no concurso de analista judiciário do TRF1, prova esta que seria no mesmo dia da prova dissertativa da OAB, sendo diferente apenas o horário (uma pela manhã e outra no período da tarde).

Decidi, mais uma vez, arriscar, e deu certo! Fui aprovado na segunda fase da OAB assim como no concurso para analista, vitória esta que soou como música aos meus ouvidos, pois passava, cada dia mais, a acreditar que algo ainda melhor estava por vir.

Me formei em gabinete, devido ao alto custo da festa de formatura e passei a estudar, então com um único objetivo: quero passar na primeira fase do cocurso de Juiz do Trabalho no meu primeiro ano de formado, na segunda fase, respectivamente, no segundo ano e, no terceiro ano, quero passar na sentença e na prova oral.

Veio, então, o meu primeiro concurso, o do TRT23/2012. Na preparação, mais adversidades, passamos por uma onda de apagões aqui na minha cidade e eles ocorriam, regularmente, no período da noite. Quando isso acontecia, para não deixar de estudar, ligava o flash do celular que iluminava meus livros e me fazia não desanimar.

Chegou, então, o dia de minha viagem para Cuiabá/MT. Como não dispunha de recursos financeiros para me deslocar de avião, peguei um ônibus que saira de Palmas/TO às 19:00 de uma sexta-feira com a promessa de, após uma conexão em Goiânia/GO, partir para Cuiabá/MT aonde chegaria às 23:00 de sábado. Até que o pessoal da empresa de transportes não estava errado, todavia, no curso da viagem, uma “pequena parada” com duração de 3 (três) horas no posto fiscal de Barra do Garças/MT e um caminhão de algodão tombado na pista fizeram com que eu chegasse até a cidade local da prova às 06:00 de domingo, ou seja, 2 (duas) horas antes do início da prova.

Minha adrenalina para fazer meu primeiro concurso foi tanta que sequer ligue para o cansaço. Fui lá, fiz a prova e, para a minha surpresa, passei na minha primeira primeira fase. Foi uma tremenda alegria, algo indescritível. Queria sentir aquilo novamente em relação às demais fases, muito embora por questões financeiras, não pude ir à Cuiabá/MT para me submeter aos exames discursivos.

Posteriormente, reprovei no TRT2, ainda na primeira fase e passei, em dezembro/2012, no TRT18. Quando fiz a segunda fase deste último veio a surpresa, fiquei com 5,00 e, mais uma vez, muito alegre, pois era a primeira vez que havia feito uma prova assim.

Então, com a indicação de um analista que havia trabalhado comigo no MPT, passei a participar do GEMT, em maio/2013, mesmo mês em que foi publicado o edital do concurso do TRT22. Algo me dizia que a minha vez estava chegando e que aquele concurso me reservaria grandes surpresas.

Passei a responder as questões do GEMT elite e a fazer as sentenças. Eu não sabia nada de sentença, acreditem, absolutamente nada. Tanto o é que a primeira sentença que fiz na vida foi no próprio GEMT, ainda maio/2013, mês que passei a integrar o grupo.

Mas, eu sabia que o GEMT me encurtaria o caminho da aprovação. Quando passei a ler o alto nível das respostas do pessoal e o rigor com que as nossas respostas e sentenças eram/são corrigidas, pude perceber que aqui não se brinca em serviço, que o foco não é outro senão a aprovação, e foi o que me rendeu.

Com apenas 3 (três) meses de GEMT, e logo no meu primeiro concurso após ingressar no grupo, fui aprovado, realizando o meu sonho de ser aprovado ainda com 24 (vinte e quatro) anos.

E desta alegria e crédito do meu sucesso eu devo muito ao GEMT. Como já tive a oportunidade de dizer ao Davi, eles realmente trabalham em prol da concretização do sonho alheio, o que pude ver, neste quase um ano de GEMT, que também é o sonho deles (Davi, Ciça e todos os colaboradores).

Não vejo, hoje, um método de ensino tão eficaz quanto ao apresentado pelo GEMT. Ele induz o aluno a pensar e a se posicionar como um juiz, o que ajuda muito na hora de fundamentar questões dissertativas e provas de sentença. Para tirar a dúvida, basta ver a significativa quantidade de candidatos aprovados que são egressos do grupo.

Muito embora eu não tenha uma religião definida, tenho muita fé em Deus e sei que somente Ele pode nos colocar nos caminhos da benção. Comigo, sei que foi obra dEle colocar o GEMT em meu caminho. Não sei se seria possível ser aprovado sem todo o apoio técnico e emocional que o GEMT ofereceu ao longo deste período.

A todos os colegas que sonham com a magistratura do trabalho e estão lendo este depoimento, não deixem de acreditar, o sonho é possível, basta você querer, com todas as suas forças, e se dedicar pra isso.

Muitos dirão que você não é capaz, que o sonho é impossível, que você não vai conseguir, mas não deixe que ninguém trace o seu destino, faça-o você mesmo, procure o diferencial, se dedique, tenha amor pelo que você faz e não duvide que dará certo, pois dará.

Há pouco tempo eu tive a oportunidade de encontrar um amigo de longa data de meu pai, ele me viu e me disse algo do tipo “olha, eu sempre dizia para o seu pai que você, aquele menino gordinho, não seria nada” (ele foi bem sincero, eu sei, rsrs...) “mas ele (meu pai) teimava em dizer que seria”, e meu pai estava certo, pois como ele sempre me ensinou, não deixe que te digam o que você consegue ou não fazer, tenha fé, siga em frente e jamais tema seu fracasso, mas sim a grandiosidade da proporção do seu sucesso.

Acorde para vencer, e, como disse Ayrton Senna “tenha sempre como meta muita força, muita determinação, e sempre faça tudo com muito amor, e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá, de alguma maneira você chega lá”.

Sou muito grato a Deus por ter passado no Estado do Piauí (TRT22), um lugar que, muito embora faça parte de uma das regiões mais pobres do Brasil, apresenta as melhores escolas públicas do país, o que mostra a força daquele povo em vencer e crescer na vida... também quero, muito, fazer parte deste crescimento!

Davi, Ciça e família GEMT – em especial Dra. Sofia Dutra (TRT15), Dr. Pablo (TRT15), Dr. Washington Teixeira (TRT18) e meu amigo Raphael Miziara, que muito me ajudaram nos estudos da prova oral, que Deus continue os abençoando grandemente. Saibam que o trabalho de você é louvável e que muitos sonhos são realizados através de vocês. Sou e serei eternamente grato a todos vocês e, a quem me perguntar o segredo da aprovação, saibam que o GEMT fará parte da resposta.

Grande abraço e espero, sinceramente, continuar sempre fazendo parte deste grupo para que eu também possa contribuir um pouquinho na realização do sonho dos colegas!

Rumo ao TRT22, com fé em Deus!

Alexandre Piovesan

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