Aprovada no TRT/02, Aline Rabello Duarte Schuck (Guaíba/RS) envia belíssimo depoimento ao GEMT e é categórica: “(...) só avancei nas fases depois de vocês terem entrado em minha vida”.
Aline escreveu:
Boa noite,
Segue o meu depoimento!
Davi, obrigada por tudo!!
Inicialmente, registro minha imensa gratidão aos amigos do GEMT. Eu só avancei nas fases depois de vocês terem entrado em minha vida. Aproveitei todas as dicas, inclusive as de método de estudo e de organização, o que vou tentar sintetizar logo mais. Eu realmente me rendi ao método e deixei que o grupo me conduzisse.
Antes do GEMT eu até tinha conteúdo, mas não sabia como estudar para cada fase e não sabia como começar. O grupo me deu um norte a seguir e me mostrou o ponto de partida.
Quanto a mim, muito resumidamente, comecei a trabalhar aos 17 anos, como ascensorista. É claro que eu não gostava, olhava para o relógio de minuto em minuto... Esta fase, no entanto, foi importante para mim, pois desde cedo eu aprendi a lutar pelo que eu queria e a não me abalar com as adversidades. Estar em uma função simples, porém digna, deixou muito claro o valor do trabalho e as dificuldades enfrentadas pela grande maioria dos trabalhadores. Todavia, isso nunca me abalou, pelo contrário, motivou-me ainda mais a vencer. Eu gostava de pensar que o último andar daquele prédio não era o meu limite! Eu tinha certeza de que poderia ir além. Ainda como ascensorista, iniciei a faculdade de Direito. Logo consegui um estágio e, mais rápido ainda, passei em um concurso público aos 19 anos. Então fui passando de concurso em concurso, até que cheguei ao TRT4. Formei -me em 2007 e comecei a atuar como assistente de juiz.
Em 2009, iniciei a escola de preparação para magistrados no Rio Grande do Sul, fiz um mês de curso e engravidei. Então resolvi viver muito bem o momento mãe! Tranquei a escola e parei os planos por um tempo...
Em agosto de 2010 retomei o curso e voltei a acreditar. O curso acabou em 2012 e somente após esse período comecei a me dedicar a 1ª fase com mais afinco.
A caminhada foi longa, mas eu sempre acreditei que era possível. Esse é o primeiro passo!
No meu caso, no entanto, nada na minha vida parou para eu passar no concurso. Eu casei e, como adiantado, tenho um filho de 04 anos, o qual me trouxe ainda mais ânimo, motivação e foco para a caminhada. O que quero dizer com isso é que não aconselho esperar passar no concurso para ser feliz. A vida não espera!
É claro que se você pode parar tudo e focar, o tempo de caminhada tende a ser um pouco menor. Mas isso não funciona para todos... Não funcionaria para mim que desde sempre me acostumei a fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Agora vão algumas dicas que recebi do GEMT e tento retransmitir:
Para a primeira fase, não adianta viajar se não estiver acertando, no mínimo, 85/90% dos simulados, sem colar! É certeiro: quando eu comecei a acertar, comecei a passar. Então, não viaje antes do tempo, pois você vai gastar dinheiro à toa e se o objetivo é treinar, faça um treino real e, no restante, treine com os simulados até se tornar um candidato com chances de passar na primeira fase;
Ainda sobre a 1ª fase, eu anotava apenas os erros e o que dissesse respeito ao assunto da questão que eu ainda não dominasse, pois a tendência é a de errarmos a mesma coisa mais de uma vez. Criei um caderno de 1ª fase, fazendo as principais anotações de cada simulado. O caderno precisou de um índice, pois o meu roteiro era o que o simulado mandava. Eu preferi assim, pois o estudo fluía em doses aproveitáveis. Era muito chato sentar e esgotar um tópico todo. Então, ao longo do caderno, várias vezes, eu retomava um mesmo assunto. Competências, por exemplo, é uma temática que foi registrada em várias ocasiões, pois é um assunto tedioso demais para decorar de uma só vez. Depois de pronto um caderno de 200 folhas com esse tipo de anotações, eu passei nas primeiras fases com tranquilidade, bastando que uma semana antes da prova eu revisasse o caderno.
Para a segunda fase, eu li todas as rodadas desde 2012. Também deixava as rodadas guiarem meus estudos. Imprimi tudo, li e montei as minhas respostas de cada questão, sendo que, às vezes, recorria à doutrina para complementar. Respondi muito pouco, pois fazendo tantas coisas ao mesmo tempo era complicado e impossível fazer tudo com perfeição. Aqui também criei um caderno com índice para as anotações de 2ª fase.
Na terceira fase, mesmo para quem é assistente, façam os intensivos do GEMT à mão! Isso é importante. Eu rodei na 1ª sentença que cheguei por não ter treinado adequadamente escrevendo à mão... Depois de corrigida essa falha, passei na 2ª sentença que fiz.
E para a última fase, à exceção de alguns regionais que reprovam, muitas vezes de forma injusta, é só manter a calma e revisar. Eu revisei os meus cadernos de 2ª fase e as 24 horas foram suficientes para rever o ponto.
Importante ainda falar que quanto mais alta a fase em que se cai maior é a dor. Rodar na 2ª fase dói, mas rodar na sentença dói mais ainda... No entanto, é ainda mais certo que a dor passa e depois do choro estamos prontos para a próxima fase, ainda mais fortes.
Em síntese, essa foi a minha forma de alcançar a aprovação. Eu lia vários depoimentos e me acalmava por saber que não existe apenas um padrão de candidato que obtém a aprovação. Vários são os modelos que alcançam o sucesso. Depois que você descobre o seu a vitória é questão de tempo.
O que não posso deixar de dizer é que não deixei de viver, não deixei de aproveitar, ser feliz e curtir todos os momentos importantes da minha vida e, mesmo assim, a aprovação veio!!!! Por certo, demorou um pouco mais já que não deu para focar exclusivamente no concurso, mas hoje tenho certeza de que veio no tempo certo e na hora certa!
Por fim, segue uma foto do dia da posse no TRT da 2ª Região! Foco e fé, pois muitos já serão meus colegas neste próximo concurso! Que muitos passem!!!
Um grande abraço a todos, sorte e perseverança, pois só não alcança quem desiste.
bjss
Aline
