Curso para Concurso de Juiz do Trabalho e de Procurador do Trabalho.
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Depoimento

Francisco Breno

FRANCISCO BRENO BARRETO CRUZ (Manaus/AM) envia belíssimo depoimento ao GEMT após aprovação no MPT e afirma: "(...) depois de alguns meses de curso, reli minhas respostas da prova discursiva do 17º concurso (é possível pedir a vista da prova) e verifiquei o quanto eu havia ido mal, levando em conta aquilo que é exigido no concurso do MPT, o que você percebe ao ler e responder as rodadas do GEMT. Confesso que cheguei a transcrever, em rodadas do GEMT que cobraram questões do concurso anterior, exatamente a resposta que redigi no 17º concurso, quando ficou ainda mais claro para mim o quanto é importante e exigente o treino no GEMT. Isso porque minhas respostas foram bastante criticadas, sendo indicados vários pontos sobre os quais me omiti. Em algumas dessas respostas, na prova real, eu tinha até obtido uma nota razoável, por volta de 10 pontos (a metade da pontuação de uma questão), mas elas não foram bem recebidas pelos corretores do GEMT, porque o grau de exigência do curso é elevado, o que lhe deixa preparado para uma correção mais rigorosa diante da prova verdadeira".

Francisco escreveu:

Terminei meu depoimento. Peço desculpas pela demora.

Forte Abraço e obrigado por tudo!

É com muita satisfação que escrevo meu depoimento. Espero que possa servir de estímulo a alguém, assim como outros depoimentos também me incentivaram. Vou discorrer um pouco sobre a minha trajetória até o 18º concurso do MPT e apresentar algumas sugestões relativas à preparação, as quais não devem ser tomadas como o caminho correto a seguir, mas sim ser apreciadas criticamente pelos colegas, que poderão utilizá-las, naquilo que concordarem. Afinal, eu mesmo modificaria algumas condutas que adotei, sem falar que, como todos nós somos diferentes uns dos outros, os métodos mais eficientes vão variar conforme cada pessoa.

Ao perceberem o quanto distante estão de um objetivo, muitos acabam se desanimando e passam a considerá-lo impossível de atingir. O que é mais grave é que esse objetivo pode ser o sonho da pessoa. No entanto, por mais difícil e distante que possa ser a aprovação num concurso como o de Procurador do Trabalho, é preciso ter a consciência de que é sim possível, a despeito de todas as dificuldades que deverão ser superadas pelo caminho.

Durante a faculdade, eu nunca fui dos melhores alunos. Com exceção de algumas matérias, eu tirava notas apenas medianas. Cheguei, por exemplo, a ficar em prova final em pelo menos duas disciplinas. Que fique bem claro, então, que qualquer estudante tem condições de vir a se tornar Procurador do Trabalho, Juiz do Trabalho ou qualquer outro cargo que almeje. Para isso, deverá esforçar-se, persistir e confiar em si mesmo, mas também ter consciência de suas limitações e de seus pontos fracos, a fim de se preparar adequadamente para o tipo de prova que for cobrado.

Lembro quando tentei passar num processo seletivo para estágio no MPF, quando obtive cerca de 20 questões a menos do que os aprovados. Era uma diferença muito grande, considerando a reduzida quantidade de questões envolvidas e a simplicidade da seleção. Se num processo seletivo para estágio eu estava tão aquém do necessário, o que se dirá para passar num concurso, em que há bem mais candidatos preparados e de todas as regiões do país, e não apenas da cidade onde você estuda. Realmente, a minha expectativa era mínima.

Contudo, estudando com mais dedicação, consegui aprovações em processos seletivos de estágio, já mais próximo do término da faculdade. Com isso, percebi que era viável obter aprovações em concurso, desde que houvesse mais seriedade nos estudos e tempo de preparo.

Após me formar, no final do 1º semestre de 2009, comecei a me dedicar aos estudos para concurso. Inicialmente, estava me preparando para o cargo de Analista de TRT, mas também prestava concursos em outras áreas, como Defensoria Pública. No entanto, enquanto aguardava o edital do TRT da 21ª Região (Rio Grande do Norte), tomei conhecimento da abertura das inscrições do concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho e tive a felicidade de ser aprovado, vindo a tomar posse em agosto de 2010.

Durante o curso de formação, em Brasília, estavam sendo realizadas as provas orais do 16º concurso do MPT, e eu pude ver algumas avaliações. Na ocasião, fiquei imaginando que eu estaria naquele auditório novamente no próximo certame, dessa vez na condição de candidato. Vim a concretizar tal desejo, entretanto, somente no 18º concurso.

Após aproveitar um pouco o período de curso de formação e os meses iniciais de trabalho, sem me preocupar com concursos, voltei, em 2011, a estudar. Ao longo da minha caminhada, muitas pessoas chegaram a me questionar se realmente valia a pena eu “deixar de aproveitar a vida” para estudar para outro cargo, sobretudo porque eu já ganhava muito bem como Auditor-Fiscal do Trabalho.

Apesar de a Auditoria-Fiscal do Trabalho ser uma carreira maravilhosa, bem remunerada e com viés social muito forte, entendo que o MPT consegue reunir, com ainda mais intensidade, essas características. Os instrumentos à disposição do Procurador do Trabalho são, na minha opinião, bem mais efetivos; e o âmbito de atuação, mais amplo. E o mais importante, eu tinha o sonho de ser Procurador do Trabalho e ia fazer de tudo para concretizá-lo.

Por essa razão, destaco a necessidade de não se acomodar em razão do cargo e da remuneração que eventualmente já recebe. Houve outros aprovados que também possuíam bons cargos na advocacia pública ou na magistratura. Da mesma forma, quem está “apenas” (geralmente, as pessoas não têm ideia de como é difícil essa fase) estudando para concurso deve igualmente seguir adiante e não se deixar abater por derrotas no percurso, tampouco pela pressão advinda de amigos e de familiares, em razão de não estar trabalhando e de não ter ainda obtido a aprovação.

Ao voltar aos estudos, não sabia por onde começar. Como não estava previsto o lançamento do edital do MPT, e eu precisava estar preparado quando isso acontecesse, decidi, então, me inscrever em concursos da magistratura do trabalho, até para eu me sentir obrigado a estudar. Era mais uma forma de preparação. Se eu conseguisse passar, seria ótimo, mas meu objetivo era mesmo o MPT.

Inscrevi-me, então, num concurso do TRT da 15ª Região. Ciente de que a prova objetiva exige a leitura de leis e súmulas, foquei, naquele pouco tempo até a prova, nesse tipo de preparação, além de resolver a prova do concurso anterior. Boa parte dos candidatos despreza o estudo da legislação, porém muitos dos problemas práticos trabalhistas são resolvidos pelo simples conhecimento da CLT e de súmulas do TST, e isso não é diferente nos concursos, notadamente na 1ª fase.

Sem muita bagagem teórica, mas com uma preparação rápida e bem direcionada para a prova objetiva, eu consegui passar na 1ª fase. Na 2ª fase, porém, fui reprovado. Tirei um 47, salvo engano. Assim, precisava de apenas 13 pontos para ter conseguido a aprovação na prova discursiva. Num primeiro momento, isso serviu de grande incentivo, pois vislumbrei a nítida viabilidade de ser aprovado num concurso da magistratura. No entanto, esse meu desempenho, que considero muito bom em virtude do pouco tempo de preparação, acabou me levando a não me dedicar como deveria para os concursos seguintes, com a falsa crença de que faltava muito pouco para passar. Não procurei me preparar bem para outras provas discursivas e acumulei diversas reprovações em 2ª fase, tirando notas bem menores do que aqueles 47 pontos da minha primeira prova.

Apenas depois que você estuda bastante é que percebe o quanto não sabia e passa a ter uma noção do quanto ainda tem a aprender. Somente depois de muitos concursos foi que cheguei a obter aprovações em provas discursivas, o que talvez pudesse ter conseguido antes, caso não tivesse me deslumbrado com o primeiro resultado favorável.

É preciso, portanto, ter cuidado para não achar que você já sabe o suficiente para passar. Às vezes, uma prova bem sucedida pode lhe dar essa falsa sensação. Por isso, deve-se sempre procurar, no concurso seguinte, estar mais capacitado do que no concurso anterior, independentemente da nota obtida. Às vezes, a matéria que caiu lhe foi mais favorável, mas isso não significa que você estava mais bem preparado.

Em 2012, eu prestei o 17º concurso do MPT e estudei o máximo que pude, como nunca havia feito antes. Li muitos livros e artigos doutrinários, mas fui reprovado na prova discursiva. Na época, decidi que não desistiria e que prestaria o próximo concurso. Como já havia lido um vasto conteúdo até então, pensei que, até que fosse publicado um novo edital, já teria lido toda a bibliografia específica recomendada e todos os manuais das principais matérias cobradas, o que me exigiria uma mera revisão do conteúdo e uma atualização da legislação e da jurisprudência. Ledo engano! Apesar dos meses que passaram entre a minha reprovação e a publicação do novo edital, não havia lido quase nada daquilo que havia me proposto a ler. De fato, se a pess oa não se dedicar com antecedência, vai sobrar muito material para ler em um tempo bastante escasso.

Depois do baque de uma reprovação, pode-se até reservar um período para descanso, que não deve se prolongar por mais do que alguns dias. Após um longo tempo sem estudar, você tem mais dificuldade de retornar, sua leitura se torna mais lenta e você demora a pegar um bom ritmo de estudo novamente. Acredito que, nesses dias de desânimo, seja preferível tentar estudar meia horinha que seja a passar muitos dias sem ler nada.

Por outro lado, eu precisava me preparar de uma forma mais adequada. Para mim, foi uma ingrata surpresa a reprovação. Eu acreditava que havia me saído muito bem na prova discursiva, tendo em vista que eu tinha boa noção do assunto que foi cobrado em cada uma das 5 questões. Nas reprovações que tive em concursos da magistratura, realmente eu não conhecia a matéria cobrada na prova, porque não a tinha estudado ainda. Entretanto, as questões desse concurso do MPT tratavam de assuntos que eu havia sim estudado, tendo um razoável conhecimento a respeito. Para falar a verdade, meu receio maior era não ser aprovado na prova prática, já que eu não tinha o costume de elaborar peças. Eu achava que passaria na prova discursiva sem problemas.

Com a reprovação, percebi que era essencial um curso específico para o MPT, no qual eu pudesse treinar a resolução de questões discursivas e de peças. Eu precisava aperfeiçoar minha organização do tempo e a forma de elaboração das respostas, bem como ter uma melhor noção daquilo que se espera de um candidato em suas respostas.

Foi, então, que, graças a um colega que também havia feito o 17º concurso, eu soube da existência do GEMT (muito obrigado, Elton Paulo). Achei fantástico o nível das discussões, das perguntas das rodadas e do conteúdo das respostas dos participantes. Inicialmente, fiquei até preocupado em perceber o quanto eu ainda havia que melhorar para chegar a redigir uma resposta no mesmo patamar que os demais, mas sabia que estava no lugar certo para conseguir obter melhor pontuação nas provas discursiva e prática do concurso do MPT. Além disso, também gostei de poder assistir a algumas aulas relativas a temas de autuação do MPT e a dicas de preparação psicológica. Pena que não conheci o GEMT quando prestei o 17º concurso. Não há como saber se eu passaria, cas o tivesse participado do GEMT antes, porém posso afirmar, com convicção, que teria me saído melhor em minhas respostas.

Por sinal, depois de alguns meses de curso, reli minhas respostas da prova discursiva do 17º concurso (é possível pedir a vista da prova) e verifiquei o quanto eu havia ido mal, levando em conta aquilo que é exigido no concurso do MPT, o que você percebe ao ler e responder as rodadas do GEMT. Confesso que cheguei a transcrever, em rodadas do GEMT que cobraram questões do concurso anterior, exatamente a resposta que redigi no 17º concurso, quando ficou ainda mais claro para mim o quanto é importante e exigente o treino no GEMT. Isso porque minhas respostas foram bastante criticadas, sendo indicados vários pontos sobre os quais me omiti. Em algumas dessas respostas, na prova real, eu tinha até obtido uma nota razoável, por volta de 10 pontos (a metade da pontuação de uma questão), mas elas não foram bem recebidas pelos corretores do GEMT, porque o grau de exigência do curso é elevado, o que lhe deixa preparado para uma correção mais rigorosa diante da prova verdadeira.

Para um maior aproveitamento do GEMT, recomendo, para a 1ª fase, responder as questões objetivas disponibilizadas semanalmente e, principalmente, resolvê-las sem consulta, independentemente de você já ter ou não estudado a matéria cobrada. Como já falei, a leitura de leis e de súmulas e a resolução de provas anteriores são essenciais para aprovação na prova objetiva, razão pela qual creio que responder semanalmente as questões objetivas do GEMT também ajudará na preparação, habituando-se a esse tipo de prova.

Após responder as questões, eu relia as que eu errava e, também, aquelas que eu acertava. Temos o hábito de verificar apenas as questões que erramos, mas, na verdade, é necessário olhar também as questões que acertamos, porquanto, muitas vezes, respondemos com dúvida entre duas alternativas. Assim, a correção de todas as questões sanará essas pequenas dúvidas. Se não forem feitas essas verificações, você continuará sem ter certeza do conteúdo correto e poderá, na próxima vez que for cobrado assunto semelhante, vir a escolher a alternativa errada.

Pode parecer óbvio, mas ressalto a necessidade de essas perguntas serem respondidas sem qualquer tipo de consulta, uma vez que algumas pessoas podem ficar receosas de não conseguir uma pontuação boa no ranking.

Com relação às respostas das rodadas e à elaboração de peças, essa recomendação é ainda mais necessária. Salvo algumas raras ocasiões, eu tentei responder as questões realmente simulando uma prova real, marcando o tempo e escrevendo a mão. Mesmo quando eu não havia estudado a matéria objeto da questão, eu tentava responder o que eu imaginava que poderia ser a resposta, procurando recordar algo (o mínimo que fosse) relacionado à matéria, a fim de obter, se fosse uma prova real, alguns pontinhos na questão. Embora seja algo recomendado pelo GEMT nas próprias instruções do curso, acho relevante reforçar a necessidade de observância de tal prática, até porque, na prova de verdade, essa situação pode surgir, sendo que alguns pontos a mais numa questão podem ser o dife rencial para a aprovação. Tenho certeza de que, no dia da prova, se houver alguma questão da qual o candidato não possua muita noção, ele responderá mesmo assim. Nesse sentido, com mais razão devem ser respondidas as questões por ocasião do treinamento, que é o momento adequado para errar e, sobretudo, para aprender com os erros.

Como eu digito muito devagar, eu acabava levando muito tempo para passar as respostas do caderno para o computador. O problema é que eu não poderia deixar de treinar a escrita a mão, que é a forma de realização da prova, tanto para aprender a organizar meu tempo de prova, como para melhorar minha letra. Tive, então, uma grande ajuda da minha namorada, Emanuella, que digitou para mim quase todas as minhas respostas. Quem tiver a mesma dificuldade para digitar e puder contar com alguém para lhe ajudar, eu recomendo pedir um auxílio na digitação de, pelo menos, parte das questões, o que lhe economizará tempo. Ademais, é ótimo que, quando a pessoa que está lhe auxiliando reclamar que não está entendendo sua letra, você já saberá que sua escrita ainda não está boa. Afinal, você entende sua letra, mas os examinadores podem não compreendê-la, de modo que, se você mesmo digita suas respostas, você não tem como saber se necessita melhorar a letra. Toda a ajuda, portanto, é bem vinda.

Aliás, em razão de minha letra não ser muito legível, eu escrevia, para praticar, em cadernos de caligrafia enquanto estudava, utilizando-os para redigir conceitos ou um resumo de algum assunto.

Então, nada de vergonha, pessoal. Entendo que é preciso simular a situação real de prova e responder de acordo com seu conhecimento no momento do treino, observando-se um tempo proporcional ao número de questões, ainda que as respostas não fiquem tão boas. Somente assim será possível treinar adequadamente e sentir sua evolução. Reputo indispensável respeitar rigorosamente o tempo. Não adianta ficar horas escrevendo respostas densas e gigantes se, na hora da prova, você tiver menos tempo do que nos treinos.

Recomendo também não deixar acumular a leitura das rodadas. Lembro que fiquei algumas semanas sem ler as rodadas e tive dificuldades para lê-las depois, já no período próximo da prova. A leitura semanal das rodadas permitirá um estudo gradual da matéria e um acompanhamento melhor de seu desempenho e de sua evolução. Se possível, também sugiro a leitura antecipada daquelas rodadas antigas, feitas antes de sua entrada no GEMT. Isso também permitirá, posteriormente, que você releia as rodadas, para absorver melhor o conteúdo e revisar a matéria. Algumas questões da prova discursiva, inclusive, tratavam de assuntos que já haviam sido discutidas no GEMT, daí a necessidade de serem lidas todas as rodadas. Ressalto, entretanto, que eu não consegui cumprir a risca esse conselho, mas penso que é a melhor conduta a ser seguida.

A prova prática costuma ser realizada uma semana após a prova discursiva, motivo pelo qual a preparação para ambas deve ser feita em conjunto. No início, e durante um bom tempo, eu tive muita dificuldade para elaborar peças. Perguntei até para a Dra. Fabíola se ainda tinha como aprender a elaborar peças até a data da prova. Ela me garantiu que daria tempo, desde que resolvesse todas as peças. De fato, com os treinos (eu precisei de muitos mesmo), você percebe que é sim possível redigi-las.

Embora no último concurso a prova prática tenha sido considerada atípica, em virtude de ter caído uma ação rescisória, o GEMT foi muito relevante. Lembro que foi cobrada tal peça em, pelo menos, um PCIP regular e em um PCIP do Intensivo. Assim, eu já tinha noção da estrutura da ação rescisória e de detalhes importantes, tais como endereçamento, cabeçalho, requerimentos, entre outros, dos quais eu não tinha conhecimento antes de ingressar no GEMT (não sabia nem mesmo o endereçamento correto) e que foram cruciais para a aprovação.

Houve, portanto, uma preparação mais focada naquilo que é mais cobrado (ação civil pública), mas sem desprezar as demais peças que poderiam ser exigidas, o que me possibilitou não ser surpreendido com a ação rescisória. Pelo contrário, obtive ótima pontuação na prova prática.

No entanto, um grande equívoco que eu cometi, que poderia ter me custado a aprovação, foi não ter estudado nada entre as provas escritas e o resultado da prova prática. As provas discursiva e prática foram feitas em outubro. O resultado da prova discursiva saiu em novembro de 2013, mas o resultado da prova prática somente foi liberado em fevereiro de 2014. Foram, portanto, cerca de 4 meses sem estudar. Quando percebi que teria que fazer a prova oral em pouco mais de 2 meses, eu me desesperei. Além de ter que voltar a estudar matérias que não costumam ser cobradas na prova discursiva e que, por isso, eu as havia lido há muito tempo, eu ainda tinha que relembrar o que já havia esquecido ao longo do período em que deixei de estudar. Assim como havia feito em 2013, ao longo da 1ª e da 2ª fases, voltei a tirar férias para me dedicar integralmente ao concurso, com a finalidade de tentar recuperar o tempo perdido. Afinal, eu não me lembrava de muitos conceitos básicos.

Sei que é complicado estudar antes de ter certeza de que você passou, mas não se pode ficar tanto tempo parado. Depois de um mês sem estudar, a facilidade para passar outro mês é ainda maior. Alguns dias de descanso já seriam suficientes. Quanto mais tempo você fica sem estudar, mais difícil se torna voltar ao ritmo de outrora.

Em todo caso, estudando com antecedência ou não, tenho a opinião de que, nas semanas e, principalmente, nos dias que antecedem à prova, é melhor utilizar todo o tempo disponível para estudar. Sei que muitos preferem relaxar antes da prova, mas não vejo motivos para não dar tudo de si até o fim. Reconheço que é possível passar sem ter que se matar de estudar nas vésperas da prova, sobretudo se você já vem num bom ritmo de estudo. No entanto, se a pessoa possui o sonho de ser Procurador do Trabalho, entendo que deve dar tudo de si até o início da prova.

Talvez até eu tenha tal opinião pelo fato de ter deixado atrasar muita matéria, mas, mesmo quem estava com estudo em dia, certamente possui deficiências em alguns pontos do edital, os quais poderiam ser revisados, ainda que não tivessem tanta probabilidade de cair. Acho que não há vantagem em deixar de estudar forte até a hora da prova. Sempre há algo mais a ver ou a revisar. Ressalto que não recomendo que a pessoa deixe de descansar ou de dormir. Só penso que o candidato não deve, nas vésperas da prova, deixar de estudar para ver televisão, para passear ou para fazer outra atividade que lhe subtraia desnecessariamente tempo de estudo, ainda mais na última fase eliminatória de um concurso. Todavia, se a pessoa se sente melhor de outra forma, ela deve fazer aquilo que entenda ser mais interessante para si.

Vale salientar, ainda, a necessidade de cuidar da saúde e de não correr riscos desnecessários quando o dia da prova estiver próximo. Lembro bem que, cerca de um mês antes da prova, eu vi um mosquito transmissor da dengue perto de mim e fiquei imaginando se ele tinha me picado e se estava contaminado com dengue. Desde então, fiquei, digamos, um pouco paranoico. Passei, por exemplo, a usar calças até dentro de casa e a deixar as janelas fechadas por mais tempo.

Isso pode até parecer besteira. Contudo, no último dia da prova oral, para meu espanto, um candidato não compareceu. Segundo me relataram, ele teria sido acometido exatamente pela dengue. Foi uma pena. Óbvio que, mesmo tomando os cuidados que tomei, eu poderia ter ficado doente da mesma forma, mas não pude deixar de notar uma infeliz coincidência no episódio, assim como um alívio por, no final, tudo ter saído bem comigo.

As correções feitas nas Rodadas normais, no PAIG, no PCIP, no Intensivo e no Intensivo Relâmpago foram fundamentais para a minha aprovação. Agradeço bastante ao Dr. Paulo Veloso, do PAIG, do PCIP e do Intensivo Relâmpago, e à Dra. Fabíola, do Intensivo, pelas correções, críticas e incentivos. Obrigado, também, à Dra. Érika Gomes, pela seleção das respostas das rodadas normais do GEMT MPT e por seus comentários.

Além disso, participei do curso do GEMT para a prova oral com a Dra. Fabíola. Por sorte, pelo fato de estarmos morando na mesma cidade, tive a oportunidade de fazer o curso de forma presencial em algumas ocasiões.

Devo destacar que cada participante também contribuiu, de alguma forma, para a minha aprovação. Li inúmeras respostas dos participantes. Aprendi muito com vocês, caros colegas. E não foram apenas as respostas excelentes que me ajudaram. Saibam que igualmente me foram úteis aquelas respostas que, mesmo não estando tão bem elaboradas (como muitas das que eu enviei), continham alguma informação relevante ou algum argumento que eu, até então, desconhecia, seja num único parágrafo ou mesmo numa frase.

Ora, se a leitura das rodadas me ajudou bastante na preparação, é óbvio que devo isso aos demais participantes, sem os quais as rodadas não fariam sentido.

Assim, rendo minhas homenagens aos diversos colegas com quem pude aprender bastante, mesmo sem conhecê-los, ao ler suas respostas e suas peças, tais como Ana Paula Toledo de Souza Leal, Antônio Pereira Nascimento, Carla Fernanda Moraes Pássari, Hélio Pacheco de Campos Nelsis, Luciana Muggiati dos Santos, Marcello Popa Di Bernadi, Marília Zanchet Rosa, Natália Karine Pereira, Paulo Henrique Costa, entre outros. Espero que todos vocês e os demais participantes não desistam de seu objetivo, caso ainda não o tenham alcançado.

Ressalto que certamente, ao citar nomes, posso ter omitido colegas que participaram ativamente do grupo, mas saibam que mencionei apenas aqueles que permanecem na relação de participantes do GEMT e que ingressaram nas rodadas do MPT há mais tempo, até julho de 2013, quando acompanhei mais atentamente as rodadas.

Agradeço, ainda, a Davi, Aline, Ciça e Hevelin, por toda a atenção e pela forma brilhante como organizam o GEMT.

Reitero meus agradecimentos ao Elton Paulo, o responsável por eu ter conhecido o GEMT.

Por meio de seu coordenador, dos colaboradores e dos participantes, o GEMT fez parte da minha preparação em todas as fases do concurso para Procurador do Trabalho, sendo essencial para minha aprovação nas provas discursiva e prática.

Abraços a todos!

FRANCISCO BRENO BARRETO CRUZ

PS.: sempre fiquei em dúvida se deveria colocar a cidade onde moro ou a cidade onde nasci. Para contemplar as duas possibilidades, informo que nasci na cidade de ITAPAJÉ (CEARÁ) e moro, desde 2010, em MANAUS (AMAZONAS).

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