Curso para Concurso de Juiz do Trabalho e de Procurador do Trabalho.
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Depoimento

Marília Leal Spinelli

Aprovada para Juíza Federal do Trabalho no TRT/06, Marília Leal Spinelli (João Pessoa/PB) envia belo depoimento ao GEMT e afirma: “(...) Estudo intensivo de sentença!! Tive dúvida em um tema de acidente de trabalho (espólio e representação) e mandei-a para o Doutor Gustavo Balthazar, do intensivo do GEMT para o TRT 6, que fora prontamente respondida. Foi uma das preliminares da minha prova! (...) Agradeço muito ao GEMT, por ter encurtado meu caminho rumo à aprovação. Esse grupo reúne o que há de melhor no universo concurseiro, trazendo sempre temas atuais, que não encontramos em livros, sem olvidar do rico conteúdo humano, de sensibilidade ímpar às nossas fragilidades e demandas, respondendo-nos com presteza e maior atenção. Meu muito obrigada, Davi e Ciça...vocês são demais!!! “.

Marília escreveu:

Segue meu depoimento, com o pedido de desculpas pela demora!

Depois de ultrapassada, em parte, a euforia inicial da aprovação, bem como os preparativos para a mudança e a adaptação à nova vida em Recife, venho escrever esse depoimento.

Não tenho a pretensão de fazê-lo emocionante como tantos que já li de colegas aprovados, mas tão somente registrar o que passei e o que senti em cada um dos momentos até a minha sonhada aprovação. A intenção é ser uma carta aberta de agradecimento a todos aqueles que escreveram comigo essa história, pois, preambularmente, é preciso dizer que ninguém passa em um concurso público sozinho. Pelo menos eu não conseguiria sem o apoio dos amigos, dos familiares e do meu marido.

Acredito que o caminho do concurso te ensina muita coisa. A principal lição é não se intimidar diante das derrotas. É entender que cada reprovação, cada insucesso parcial é, em verdade, um acréscimo, uma vitória. Digo isso porque o caminho à aprovação não é construído do dia para a noite; é um castelinho de areia, em que a cada dia de estudo, a cada rodada do GEMT lida, a cada sentença feita, a cada notícia vista, acrescenta-se um grão de areia.

Foi importante também para eu ter a consciência que, a cada prova, tinha feito o meu melhor possível. Tinha dedicado todos os momentos possíveis ao meu projeto de vida. Isto me trazia tranquilidade na hora da prova. Seria hipocrisia dizer que conseguir conciliar trabalho, vida amorosa, vida social e família nesses anos dedicados ao concurso. Eu não consegui. Ia aos compromissos sociais estritamente necessários. Saia um pouco no final de semana, apenas para relaxar, mas nada que me cansasse a ponto de não poder estudar mais no mesmo dia ou no dia seguinte. A vida era regrada, especialmente no último ano: 7 horas de trabalho no MPT (das 8 às 15h) somadas as horas que conseguia estudar a mais. Geralmente, eram 6 horas e meia de sono. Sabia que o cansaço era algo que me acompanharia durante toda a minha caminhada, mas entendia também que quanto mais horas sentada estudando passasse, provavelmente mais rápida seria minha vitória.

Minha graduação foi em Fevereiro/2010. Passei na OAB logo em seguida e, em Agosto/2010, comecei a trabalhar em um escritório de advocacia. Nos dois anos seguintes à minha graduação, fiz duas especializações: uma em Direito Constitucional e a outra em Direito Material e Processual do Trabalho, pela ESMAT. Após 1 ano e meio de escritório, fui trabalhar como Assessora Jurídica da Secretaria Municipal de Saúde da minha cidade (2012/2013). De 2013 a 2014, trabalhei como Assessora Jurídica da PRT-13, oportunidade crucial para a minha aprovação. Eram horas de trabalho imersas no universo trabalhista, com demandas diferentes a cada dia, forçando-me a pesquisar e me aprofundar cada dia mais. Saliente-se também a experiência dos Doutos Procuradores da casa que, em todas as vezes que precisei, esclareceram minhas dúvidas e me ajudaram a aperfeiçoar meu conhecimento jurídico.

Comecei a focar no estudo para magistratura do trabalho em Maio/2012, na intenção de ser aprovada no TRT 6 (Pernambuco), pois moro em João Pessoa, que fica situada a 120Km de Recife. Era a meta! Até a prova de São Paulo estudei as matérias que tive menos contato na faculdade (Previdenciário, Internacional, Coletivo, ECA), bem como assuntos das demais que tinha mais dificuldade. Nas semanas anteriores da prova, só leitura de Código e de leis esparsas. Eu comecei a fazer provas em Setembro/2012 (TRT2). Na minha primeira fase, por força divina e graças ao estudo anterior para analista de TRT, nos quais nunca logrei êxito, alcancei o corte. Estava na segunda fase de SP. Fui apresentada ao GEMT e lia as rodadas regularmente, juntamente com notícias e informativos do TST, bem como os artigos de Revistas da LTR. Fazia resumos e compilações de temas que julgava interessantes, extraídos do GEMT. Toda segunda fase revisava o máximo de temas possíveis. Fiz várias segundas fases: TRT Campinas, TRT Goiás, TRT Bahia, TRT São Paulo (2 vezes) e reprovei em todas. Submeti-me a todos os concursos que pude pagar e que tinha disponibilidade de fazer, porquanto acreditava que quanto chegasse o que eu queria estaria mais treinada. Em Fevereiro/2014 eu nunca tinha sido aprovada em nenhuma segunda fase e em Março/2014 eu estava na oral do TRT6! E agora???

Quanto soube que meu nome estava na lista de aprovados, apareceu um problema e uma solução. Era o Regional que eu queria, perto da minha casa e da minha família, mas era um mundo novo!! As demais fases eu tinha noção do que me esperava, porém a oral não tinha a menor ideia. Pensamento positivo é algo que sempre me acompanhou. Estudei os temas que me deixariam mais atormentadas, mas não consegui vencer todo o conteúdo da prova oral. Fiz vários simulados, presenciais e virtuais, imprescindíveis para a preparação.

A sensação que me acompanhou durante todo o concurso do TRT 6 era a que Deus estava ao meu lado. Ele me guiou a cada fase. Passei na objetiva muito próxima ao ponto de corte. Fui para a segunda sem muitas esperanças, haja vista a reprovação em todas as anteriores que tinha feito, mas, como Deus não falha, das 6 questões 3 eu tinha esboço em casa. Senti-me segura para a prova e escrevi tudo que me lembrei. Entre a segunda fase e a terceira, tinha uma semana. Estudo intensivo de sentença!! Tive dúvida em um tema de acidente de trabalho (espólio e representação) e mandei-a para o Doutor Gustavo Balthazar, do intensivo do GEMT para o TRT 6, que fora prontamente respondida. Foi uma das preliminares da minha prova! Era Deus ao meu lado!!! Sai da sentença super feliz...Com a certeza que estava no caminho certo. Voltei cheia de gás de Recife e continuei fazendo provas! Fui ainda para a primeira fase do RJ, onde cheguei até a sentença e para a de SP, onde logrei êxito na primeira fase, mas não fui fazer a subjetiva, haja vista que, a essa altura, já sabia da aprovação na 3ª fase de Pernambuco.

A lição que tirei acerca do momento da aprovação é que os “astros se alinham” quando é o seu dia...Será o Regional que mais te fará feliz! A todo momento tive demonstrações de que era o meu concurso.

Hoje estou aqui, em plena jurisdição no TRT 6ª Região, que tão bem me acolheu, com o coração repleto de felicidade e agradecido a todos os meus familiares, especialmente a minha mãe, que nunca deixou de acreditar em mim, mesmo quando eu não acreditava e por ter sido exemplo de mulher de fibra diante das dificuldades da vida, sem o qual, com certeza, eu não teria ultrapassado as dificuldades do certame.

Agradeço ainda as minhas companheiras de oral, Carol Vieira, Monique Ramalho e Raquel Evangelista, que dedicaram uma semana de suas vidas para me ajudarem na preparação da oral, em uma demonstração de amizade sem precedentes! Ao meu marido, Bruno Gentil, que foi imprescindível a minha aprovação, pois com seu bom humor singular e com sua generosidade, não me cobrava presença durante todo o período da minha preparação, estando ao meu lado e me dando colo quando tudo parecia tão impossível. Aos meus irmãos e sobrinhos, meu muito obrigada pela compreensão da minha ausência e pelos momentos de alegria e de descontração que vivemos.

A todos os amigos que fiz ao longo dessa caminhada, fica meu agradecimento! Vocês contribuíram demais para a conquista desse sonho, sempre me dando palavras de apoio e acreditando no meu potencial. Obrigada por todas as trocas de conhecimento e por todos os colos!!

Ao GEMT, por ter encurtado meu caminho rumo à aprovação. Esse grupo reúne o que há de melhor no universo concurseiro, trazendo sempre temas atuais, que não encontramos em livros, sem olvidar do rico conteúdo humano, de sensibilidade ímpar às nossas fragilidades e demandas, respondendo-nos com presteza e maior atenção. Meu muito obrigada, Davi e Ciça...vocês são demais!!!

Enfim, é isto! O que a vida quer da gente é coragem, já dizia Guimarães Rosa. Aos que ainda não lograram êxito, saibam que, com dedicação, a hora chega, pois a fila anda. É como uma corrida de São Silvestre...quando o pelotão da frente ultrapassa a linha de chegada, o segundo pelotão assume a liderança! Não importa se demorou muito ou pouco: os que passaram rápido são admirados pela sagacidade e os que demoraram um pouco mais, pela persistência! É um trabalho de formiguinha, mas, na sua hora, os astros se alinham e a aprovação chega. E o gosto dela é delicioso!!! Tirei o peso do mundo das minhas costas quando ouvi a palavra “aprovada” na oral. A vontade de viver, de trabalhar, de usufruir do que não curti nos anos de estudos é gigante!! É uma renovação! E dai veio o tranquilidade da min ha alma, precedida de uma vida retirada para, então, ser seguida da felicidade de ver meu sonho concretizado: SER JUÍZA DO TRABALHO.

Marilia Leal Montenegro Spinelli

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