Curso para Concurso de Juiz do Trabalho e de Procurador do Trabalho.
Logo GEMT

Depoimento

Munif Saliba

Oi Davi!

Primeiramente, quero me desculpar pela demora, mas esses últimos meses têm sido muito corridos.

Por isso, sem mais delongas, vamos ao meu depoimento!

Sou de Belo Horizonte e me formei em dezembro de 2007! Contudo, nem sempre fui aquele aluno estudioso, por assim dizer. Sempre fui a todas as aulas, mas estudar era praticamente só nas vésperas das provas mesmo! Na verdade, até o sétimo/oitavo período ainda me perguntava se eu gostava mesmo de direito. Isso porque ainda não tinha tido nenhuma matéria pela qual me apaixonasse de fato até aqueles períodos. Quando tive direito do trabalho, porém, tudo mudou...rs Eu me apaixonei de cara pela matéria. Comecei a estudar direito do trabalho por prazer. E isso fez com que eu começasse a gostar de outras tantas matérias, ainda na faculdade (administrativo, processo do trabalho e até tributário..rs).

Mesmo que em alguns momentos tivesse dúvidas se estava no curso certo, sempre pensava na ideia de ser juiz, mesmo sem saber em qual área, talvez por me acreditar vocacionado (por mais clichê que isso possa parecer...rs) e mesmo justo, por assim dizer.

Fui fazer meu primeiro estágio somente no oitavo período do curso e atuei como conciliador no Juizado Especial por um ano; depois fiquei praticamente mais um ano estagiando no gabinete de Juiz Federal do Juizado Federal. Esses dois estágios me mostraram que eu realmente queria ser juiz, embora já tivesse a convicção de que queria ser juiz do trabalho (mesmo sem ter atuado em nenhum momento na área trabalhista).

O mais perto que cheguei da área trabalhista, na época de faculdade, foi a prova da OAB, para cuja segunda fase escolhi direito e processo do trabalho.

A minha trajetória de concursos começou exatamente ali, por volta do oitavo período de faculdade, quando comecei a gostar de estudar e pensei que o melhor a fazer era subir degrau por degrau nos concursos, até poder escolher aquilo que realmente eu queria.

Eis que no fim do curso de direito, após muita dedicação e esforço, depois de fazer alguns concursos de nível médio de tribunais, consegui aprovação no cargo de Oficial Judiciário do TJ-MG (nível médio), quando ainda estava na faculdade. Fiquei muito feliz!

Entretanto, só fui ser chamado em agosto de 2008, ou seja, depois de formado! Antes de tomar posse, fiquei uns dois/três meses estudando, e cheguei a advogar a convite de um amigo em um escritório para atuar direcionado na área trabalhista, por cerca de outros três/quatro meses, mas intensamente, trabalhando uma média de doze horas, o que me fez afastar dos estudos completamente! Atuar na Justiça do Trabalho, porém, só me fez ter mais certeza de que era ali que eu queria trabalhar!

Após a posse no TJ direcionei meus estudos para o concurso de servidor do TRT3. Demorei um pouco até retomar um ritmo bom de estudos e, embora tenha direcionado para servidor do TRT3, acabava fazendo todo concurso que tinha dentro de Belo Horizonte. Fiz Procurador Federal, AGU, Defensoria Pública, Procurador Municipal, concursos estaduais e municipais dos mais diversos. Não passei em nenhum deles. Na maioria das vezes (e quando tinha, é claro), ficava nas segundas fases.

Cheguei a fazer também os concursos de servidor do TRT17 e do TRT 15, mas fiquei longe na classificação...rs Graças a Deus, esses concursos serviram pra que aprendesse com meus erros e então, com a graça divina, fui aprovado no concurso do TRT3 de 2009, como Analista Judiciário. Quase não acreditei quando soube da notícia. Quase não me cabia de tanta felicidade, pois agora poderia fazer apenas os concursos que eu queria, sem precisar ficar ‘atirando’ pra todo lado. Esse concurso do TRT3, entretanto, só foi se encerrar em abril de 2010 e eu só fui chamado no final de dezembro de 2010.

Porém, no meio do ano de 2010 abriram as inscrições para dois concursos da Magistratura do Trabalho, do TRT2 e do TRT3. Como vinha embalado, consegui passar na primeira fase de ambos, mas não conhecia o GEMT e acabei ficando na segunda fase em ambos, inclusive com uma nota péssima no TRT3, algo em torno de 2 ou 3, não me lembro bem (acho que preferi esquecer...rs). Certo é que não tinha treinado (apenas fiquei lendo livros e artigos) e quando me deparei com as provas, fiquei paralisado e até conseguir começá-la acho que já havia transcorrido quase 1h de prova. Aqui a constatação óbvia de um erro. Devemos simular as condições reais, para nos adaptarmos bem à situação real quando ela acontecer.

Após o sofrimento natural das reprovações, resolvo, em janeiro de 2011, entrar para o GEMT, mesmo sem ter muita noção sobre como as coisas funcionavam no grupo. Esta foi sem dúvida uma das melhoras coisas que fiz!

Na verdade, a leitura das rodadas me fez perceber o porquê havia sido reprovado naqueles dois concursos. E pude perceber o quanto ainda tinha que me dedicar para alcançar o que realmente queria. Além disso, como estava trabalhando como assistente de desembargador, tudo o que lia e estudava pelo GEMT, de uma forma, ou de outra, ainda me ajudava no dia a dia do trabalho. As respostas de cada um dos participantes eram fabulosas e isso me incentivou a estudar ainda mais.

Aliás, cheguei a fazer uma rodada logo no meu começo de GEMT, mas ela não chegou nem perto de ser publicada e aquilo me deixou um pouco triste, mas hoje te agradeço por isso, Davi! Afinal, não fosse isso, talvez começasse acreditar que estava pronto, embora não estivesse, e aí seriam muito mais dolorosas as derrotas!

O seu esforço, Davi, e o de toda a equipe do GEMT, é que o torna o grupo inigualável e imprescindível para que o processo de aprovação na Magistratura do Trabalho seja reduzido em anos.

Como também estava começando em um novo trabalho, que me desafiava a cada dia, acabei um pouco omisso nas respostas semanais. Mas sempre tentei ler todas as rodadas, não obstante em certas ocasiões deixasse acumular algumas...rs

Portanto, no começo, não aproveitei como poderia as rodadas do GEMT. Deveria ter simulado desde o início as condições reais e não somente ler as rodadas. Comprovação disso foi que fiz em 2011 a prova de campinas e fiquei novamente na segunda fase. O ideal, portanto, não é somente ler, mas também fazer, porque só a prática é que nos permite agilizar o processo para a aprovação.

Depois dessa prova de campinas dei uma desanimada nos estudos e acabei diminuindo muito o ritmo. Isso fez com que eu fizesse a prova de São Paulo, que foi no meio de 2011, e ficasse ainda na primeira fase. Esse tombo, porém, me deu mais ânimo e voltei logo a um ritmo bom de estudos.

Constatei outro erro, entretanto. Ora, não estava até aquela ocasião dando ênfase para todas as fases do concurso. Não adiantaria nada ser aprovado na primeira fase e na prova subjetiva e ser reprovado na prova de sentença. Foi aí também que percebi que precisava me preocupar simultaneamente com todas as fases. Assim, em janeiro de 2012, matriculei-me no PCIS. Comecei então a fazer cada um das rodadas. Foi absurdo o meu crescimento, a partir daí. E esse crescimento era aproveitado em todas as outras fases. Aqui um elogio especial aos professores do PCIS, verdadeiros mestres e que sabem onde precisamos melhorar para alcançar a aprovação. Cada um com seu modo, todos foram importantíssimos para mim!

A minha primeira aprovação em segunda fase foi na prova do RS-2012, mas fiquei na sentença. Logo em seguida, fui aprovado no MT-2012, inclusive na sentença, mas, por algumas situações da vida, não cheguei a fazer a prova oral! Aqui, um agradecimento especial ao meu amigo Matheus Martins, membro do GEMT, porque, não fosse por ele, teria desistido de tudo naquele momento! Aquela aprovação na sentença, entretanto, me fez perceber que era possível chegar lá novamente! Contar com o auxílio do GEMT também me deu a certeza de que, se me dedicasse e aproveitasse tudo que tinha à minha disposição no grupo, Deus me daria novamente a chance de chegar lá.

No ano seguinte (2013), fui reprovado nas sentenças do TRT1, do TRT3 e do TRT15! Em todas elas, não consegui acabar a prova. Na do TRT1, inclusive faltaram dois tópicos inteiros; nas outras duas tive que fazer dispositivo indireto para terminar. Um detalhe que considero importante, nesse ponto, é que eu havia parado de simular as condições reais de prova. Tudo bem que meu trabalho estava me tomando muito tempo e, por isso, eu não conseguia encontrar 4 horas livres (e seguidas) para fazer as provas, mas, se eu queria a aprovação (e eu queria!), precisava treinar. Foi, por isso, que, embora em 2013 não tivesse feito o PCIS (fui apenas ouvinte, mas nem cheguei a fazer as provas sozinho), me matriculei nele novamente em janeiro de 2014.

A propósito, no meio do ano de 2013, novamente não cheguei a passar nem na primeira fase do TRT2. Fiz também o MPT e fiquei na segunda fase, embora tivesse ficado confiante com a prova. Essas reprovações me fizeram começar a desanimar. Mas graças à minha esposa, Fernanda, que também é do GEMT, pude recuperar as forças e seguir no caminho.

Além do PCIS, me obriguei a fazer uma sentença por semana, porque sentença, como muitos já disseram por aqui, é treino, treino e treino. E eu não queria mais sentir a sensação da reprovação.

Fiz a prova de segunda fase do TRT1 em fevereiro e a partir dali passei a fazer duas sentenças por semana. Quando saiu o resultado da prova de segunda fase, vi que ainda precisava ser mais rápido (sempre fui devagar para escrever, geralmente nas simulações que fazia estendia em 5 ou em até 10 minutos as quatro horas), e por isso me impus uma meta de fazer de 8 a 10 provas em algo em torno de 15 dias. Eu precisava passar naquela prova, porque senão não sei se meu psicológico aguentaria mais! Fiz minha última sentença de treino na quinta-feira e a prova foi no domingo (o descanso mínimo aqui também foi essencial). Apesar da prova enorme, consegui terminar e saí da prova feliz apenas por esse fato, pois sabia que meu maior problema era terminar a prova. Tanto que a primeira coisa que disse para minha esposa por telefone foi que eu havia conseguido acabar a prova. Sabia que tinha dado o me u melhor e, apesar dos erros cometidos e da sucinta fundamentação, acreditava que era possível, pois as dificuldades foram para todos!

Quando saiu o resultado, nem acreditei. Só pude agradecer e muito a Deus e a todos os meus amigos que me ajudaram e incentivaram!

Faltava ainda a prova oral e continuei contando com o apoio de vários amigos feitos durante os concursos, além, é claro, da minha esposa. Ali, o que se mede mais é o psicológico, e contar com o apoio de todos eles foi imprescindível para a aprovação. Também não acreditei quando veio a aprovação. Havia começado a minha exposição gaguejando, embora com o tempo (e põe tempo nisso, minha arguição demorou cerca de 1h15min) tudo tenha começado a fluir. Certo é que quando o presidente da comissão (Min. Aloysio) deu a notícia, não conseguia parar de chorar, afinal todo o meu esforço de anos, toda a abdicação, todos os fins de semana com provas e viagens, tudo tinha valido a pena. Nem me lembrava das decepções com cada reprovação, e olha que foram muitas. Chorei como crian&cced il;a de tanta felicidade.

Apesar do medo de esquecer de alguém, pelo que já me desculpo de antemão, não posso deixar de agradecer aos seguintes amigos: Matheus Martins, Léo Tibo, Gustavo Adolfo, Luciano Alves (e todos do Gabinete), Marcelo Dávola, André Secco, Montalvan, Patrícia Oliveira, Rachel Cazzoti, Haydee Priscila, Lécio, Mauro Lucio Oliveira, Isabela Aragão, Maurício Brandão, Pedro Mallet, dentre tantos outros que tive o prazer de conhecer e com os quais muito aprendi, cada um me ensinando algo e do seu jeito. Vários são do GEMT e alguns já juízes, e os demais estão muito perto de alcançar esse sonho.

Certo é que fiz muitos amigos em toda essa trajetória, muitos deles membros do grupo. Indiquei outros tantos para fazer parte do GEMT, por saber o quão importante é o grupo. Os elos criados com eles são, sem dúvida, as melhores coisas vividas nesse período, do qual sempre lembrarei com muito carinho e nostalgia.

Finalizando, esclareço que minha média de estudos variava de 2 a 4 horas diárias, sem contar sábados e domingos. Mas havia dias em que o meu trabalho me tomava todo o tempo e não conseguia estudar nada, mas em outros chegava até a estudar por seis horas. A realidade é que meu trabalho não me deixava ter uma rotina certa e por isso tinha que aproveitar ao máximo o tempo que tinha. Tentava estudar alguma coisa nos finais de semana, mas sem ficar me obrigando demais, porque sabia que precisava recarregar as energias para estar inteiro e render bem durante a semana. É claro que em épocas de provas decisivas eu estudava nos fins de semana, porque também precisava aproveitar cada dia nessas ocasiões, mas isso me deixava muito esgotado e não conseguia manter um ritmo pesado nos fins de semana por muito tempo!!!

Nunca deixei de fazer atividade física (jogava futebol pelo menos uma vez na semana e malhava outras 3 ou 4 vezes) e nem de sair com os amigos (claro que evitava ficar até muito tarde, bem como que em épocas de prova tinha que me dedicar mais, o que fazia com que os encontros com os amigos diminuíssem)! Acho que é muito importante o equilíbrio corpo e mente! Nosso físico precisa dar conta da rotina pesada de estudos e provas e só treinando o corpo conseguimos aguentar a pressão e o ritmo intenso!

Por fim, na intenção de ajudar aos que quiserem, baseado na minha experiência e nos meus estudos, acho que o ideal, pelo menos para mim, consistia em: ler os boletins diários de notícia do GEMT (nos deixa atualizadíssimos); fazer um simulado de 1ª fase do GEMT por semana; ler lei seca e Súmulas e OJ’s (revezando entre as leis mais diversas e as súmulas e OJs); ler e fazer pelo menos uma rodada por semana; ler e fazer o PCIS; ler um artigo por semana de revistas jurídicas; ler os informativos do TST, do STJ (quando dava lia só as matérias mais afetas ao nosso concurso) e do STF (quando conseguia eu lia só aquele mensal e resumido e me focava nas matérias que são cobradas no nosso concurso...rs); e somente em um ou outro tema específico pegava algum livro para esclarecer uma dúvida ou ajudar em algo pontual. Não chegava a conseguir fazer tudo isso, m as tentava ao máximo...rs

Bom, acho que já me estendi demais, então, para finalizar agradeço a todos do GEMT, Davi, Hevelin, Ciça, Juízes colaboradores e demais colegas participantes, pois cada um de vocês tem um pouco (ou muito) de participação nessa vitória, que, com certeza, não é só minha. Contem comigo que, no que puder, colaborarei!

Grande abraço do mais novo ‘mineiroca’ (rs),

Munif!

Logo GEMT
Assine Nossa Newslleters
Subscription Form
Certificados de Segurança
Copyright © 2006 – 2024 - GEMT - ATOMTI.COM.BR
chevron-down