{Aprovado no Exame Oral do TRTMG, Renato Clemente Pereira (Ourinhos/SP) envia um dos mais belos depoimentos da história do GEMT!
* “Fiz cerca de treze concursos, entre magistratura e ministério público do trabalho. Passei alguns anos tentando a aprovação na segunda fase do concurso sem obter êxito, até que passei a fazer parte desse grupo tão bacana que é o GEMT”, afirma novo juiz colaborador do grupo.
** “Desde que entrei para o grupo, procurei responder a todas as rodadas semanais, somente passando em branco quando havia um motivo realmente relevante”, complementa.
**Coordenador Davi Ribeiro promete rodada especial “Renato Clemente Pereira” só com respostas do talentoso membro paulista.
Renato escreveu:}
Davi, bom dia!
É com muita satisfação que escrevo estas breves linhas para, de coração, agradecer a você e aos colegas do GEMT por tudo o que fizeram por mim na preparação para o concurso da magistratura do trabalho. Fui aprovado no concurso da Magistratura do TRT de Minas Gerais e até agora estou meio sem palavras para descrever o que é a satisfação de, após anos de estudo e contando, neste último ano, com o auxílio e orientação do GEMT, haver conseguido aprovação no concurso.
Creio que, o que é importante, neste momento, para os colegas que estão na luta, buscando sua vaga nos quadros da magistratura do trabalho, é relatar um pouco da minha experiência com esse concurso. Fiz cerca de treze concursos, entre magistratura e ministério público do trabalho. Passei alguns anos tentando a aprovação na segunda fase do concurso sem obter êxito, até que passei a fazer parte desse grupo tão bacana que é o GEMT. Aqui, recebi orientações sobre o modo como eu respondia as questões das rodadas semanais e, desde que entrei para o grupo, procurei responder a todas as rodadas semanais, somente passando em branco quando havia um motivo realmente relevante.
Com isso, aos poucos, a resistência em começar a escrever sobre os temas propostos foi passando, bem como a dificuldade (que era perto de extrema) de escrever a mão também, porque, sempre que possível, antes de digitar as respostas para encaminhar ao grupo, eu as redigia de modo manuscrito.
A partir de então, passei em duas segundas fases e, em MG, passei também na sentença. A propósito, na preparação para a prova de sentença, contei com a indispensável colaboração do excelente corpo de juízes do GEMT, quando participei do PCIS/TRT RJ/MG, que foram os juízes Arlindo, Luciano e Alexandre. O Alexandre, mais tarde, também me ajudou muito na preparação para a prova oral, tendo se disposto a ir ao nosso encontro em BH para dar instruções sobre a banca e a prova.
O fato é que, após fazer a prova de segunda fase e a de sentença, pensei que o papel do GEMT já teria se cumprido (e muito bem) na minha preparação e que a partir de então eu teria de me virar com a preparação para a prova oral, mas eu estava enganado. Sem que eu esperasse, recebi a já relatada e essencial ajuda do Alexandre em BH e, algumas semanas após, o GEMT disponibilizou ainda um simulado de prova oral no qual o Alexandre esteve presente e deu ainda mais dicas bacanas para a prova e tive também as orientações excepcionais dos juízes Marco Treviso e Sofia.
Não fui muito bem no simulado, mas como "treino é treino e jogo é jogo", ouvi atentamente as orientações do Alexandre, do Marco e da Sofia e passei a treinar, com seriedade, o meu modo de falar, a forma de exposição e a demonstração de segurança quanto aos temas e, na semana do concurso, no simulado realizado pela Amatra, onde também estava presente o Marco Treviso, passei a assimilar o estilo da prova (a investida da banca na tese contrária àquela escolhida pelo candidato).
Quero agradecer muito a você Davi, por tudo o que proporciona aos participantes do GEMT, aos professores Arlindo, Luciano, Alexandre, Marco e Sofia, às colegas Claudia Chiuzuli e Tatyane Campos que me encaminharam, por e-mail, materiais que me auxiliaram muito na prova oral. Agradeço ainda a todos os demais colegas do GEMT que, direta ou indiretamente, me ajudaram nessa conquista e aproveito este momento para desejar a todos um excelente futuro como magistrados do trabaho ou membros do MPT, é só ter fé, perseverar e participar das atividades do GEMT, que o resultado virá.
Creio que ainda há espaço para compartilhar com os colegas alguns sentimentos que tive ao longo da preparação. Senti, creio que como todos sentem, angústia, vontade de abandonar os estudos, de deixar de fazer concursos, enfim, eu que já sou funcionário público, pensei várias vezes em permanecer na minha carreira mesmo (analista judiciário do TRE/SP) e deixar pra lá "essa história de querer ser juiz". Todavia, ao findar desses momentos de tristeza eu sempre descobri uma pessoa nova, ainda mais forte e confiante, ciente, por óbvio, das minhas limitações e dificuldades, mas também ciente de que eu não estava sozinho.
E foi assim, com o apoio da minha família, minha esposa Simone, meus filhos Guilherme e Gabriela, meus pais Walter e Vera e de todos os meus amigos que se eu passar a nominar corro o risco de cometer a injustiça de esquecer o nome de alguém importante, bem como com o essencial auxílio do GEMT e fé em Deus e nos seus desígnios, que encontrei o necessário ânimo para persistir na busca desse objetivo que, ao final, foi alcançado.
É por isso que, se puder dizer algo sobre minha experiência aos amigos do GEMT, acho que devo dizer que foi essencial manter meu ânimo calmo, não desistir por conta de intempéries, centrar-me em meu objetivo sem descuidar das demais coisas da minha vida (convívio familiar, trabalho, convívio com os amigos). Há tempo para tudo, basta estar devidamente calmo para distribuí-lo de forma adequada. Cada irritação ou sentimento triste por que me permiti passar só me tomou tempo e me iludiu, aparentando que a distância entre mim e meu objetivo era maior do que realmente era. Creio, sinceramente, que revela o bom navegante não a mansidão das águas, mas a do convés.
Grande abraço a todos.
Renato
