Curso para Concurso de Juiz do Trabalho e de Procurador do Trabalho.
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Depoimento

Vanderson Pereira

Um dos aprovados do GEMT no exame oral de Campinas, Vanderson Pereira (Uberlândia/MG) envia seu depoimento e afirma: "As discussões sempre foram de alto nível. Essa é uma marca peculiar do GEMT. Não tenham dúvidas de que os temas são também atualíssimos. Mudei minha forma de estudar, passando a dar prioridade às rodadas e revistas especializadas, visto que não tinha muito tempo para dedicar aos estudos".

Vanderson escreveu:

Prezados amigos, companheiros e companheiras de caminhada, inicialmente preciso desculpar-me com todos pela demora em apresentar meu depoimento. Chamo-vos de amigos e amigas porque é assim que vos considero. É incrível como o GEMT nos aproxima e faz aflorar os sentimentos de altruísmo.
Quando conheço alguém que é do GEMT sinto como se tivéssemos algo em comum. E de fato temos, que é o espírito de colaboração mútua para atingir um mesmo objetivo, que ao longo do caminho percebi se atinge dividindo nossos conhecimentos, seja nas rodadas, seja nas discussões, seja no PCIS ou CIS. Isso é uma verdade que, infelizmente, demorei a aprender: quanto mais dividirmos o conhecimento por meio dessas ferramentas, mais rápido ele aumenta e se sedimenta, e isso é tudo o que o candidato precisa. Não hesitem. Coloquem isso em prática e, por si mesmos, confirmarão o que estou dizendo.
Sendo muito sincero, não me recordo, exatamente, em qual ano iniciei a fazer concursos, mas faz muito tempo. Antes de qualquer coisa preciso dizer que valeu a pena tudo o que passei. O momento do resultado da prova oral é inesquecível. Instaura-se um estado de leveza sobre o nosso ser que retira todo o peso dos anos que se passaram e que de nós exigiram sacrifício, paciência, fé, ação e perseverança.
Preciso aqui fazer um parêntesis e dizer que acredito muito no princípio da compensação, segundo o qual toda lágrima derramada na caminhada será cem vezes recompensada na vitória. Oh, quão grande é a bondade de DEUS. Ele não demora, capricha.
Meu amor pelo Direito do Trabalho surgiu em razão de minha atividade profissional na 4ª Vara do Trabalho de Uberlândia. Trabalhei com o Dr. César Machado, hoje desembargador do TRT 3. Foi ele quem me ensinou as primeiras linhas do direito e processo do trabalho, não só na teoria, mas também na prática, visto que além de meu professor na faculdade (UFU), ele era também o juiz titular da Vara acima referida.
Quando conheci o GEMT, por intermédio dos amigos Eliaquim Queiroz (MPT) e Sara Lúcia Davi Sousa (TRT 18), isso nos idos de 2005 (acho que em maio/05), logo percebi o que o grupo podia proporcionar-me. As discussões sempre foram de alto nível. Essa é uma marca peculiar do GEMT. Não tenham dúvidas de que os temas são também atualíssimos. Mudei minha forma de estudar, passando a dar prioridade às rodadas e revistas especializadas, visto que não tinha muito tempo para dedicar aos estudos.
No começo, como a grande maioria dos iniciantes no GEMT, senti-me deslocado. Às vezes hesitava em enviar minhas respostas, visto que para mim pareciam simplórias. Com o tempo isso passou. Percebi o aperfeiçoamento ao seguir o padrão dos demais colegas.
Embora muito empolgado com o grupo, não consegui manter o ritmo dos estudos. Isso em razão da carga de trabalho naqueles tempos. Mas posso dar um testemunho: o tempo é abreviado de forma exponencial quando nos dedicamos e nos colocamos à altura do GEMT. Todo esforço para acompanhar as rodadas e manter o ritmo será logo recompensado. Acreditem nisso, sejam INTELIGEMTES.
Foi isso o que percebi em 2008. Em meados de 2007 comecei a dedicar-me com mais afinco ao grupo. Como conseqüência, em 2008 fiz sentenças em Minas, Campinas, Paraná e Maranhão. A experiência em São Luiz-MA deixou marca indelével: nunca desista de sua prova, acredite até o fim, se preciso “brigue” com ela. Vou explicar: a segunda e terceira fases foram no mesmo final de semana. Ao fazer a segunda fase, diante das questões, que eram poucas (total de cinco), mas muito profundas em cada uma das matérias objeto da avaliação, não acreditava que ia passar. A vontade foi de ir embora no mesmo dia, mas isso não foi possível, porque não havia possibilidade de antecipar o voo. Fui fazer a terceira fase sem qualquer ânimo, mais para cumprir “tabela”, visto que estava muito desanimado com a segunda fase. Havia motivo para estar, porque minhas respostas ficaram bem medianas. Algumas questões sequer deram 10 linhas de resposta e, para ser sincero, naquela época, não tinha muita certeza do que era salário equitativo, teoria da “substancial performance” e como a boa-fé objetiva se aplicava no âmbito do direito administrativo.
A descrença retirou o desejo de agir e não conclui a prova de sentença.
Surpresa! Passei na segunda fase. Outra surpresa ? Não. Obviamente não passei na terceira fase. Mas carreguei comigo, a partir de então, essa premissa: nunca desista de sua prova. Se é difícil para você, também é para os demais candidatos. Insista até o fim.
Pois bem. Como dizia, minha bagagem teórica cresceu muito em 2008 em razão da sistemática que adotei. Os assuntos passaram a ficar mais claros em minha mente. Nesse ano iniciei o aclamado PCIS. Embora fosse assistente de juiz e fizesse muitas minutas de sentenças no dia a dia, era necessário simular a realidade da prova, o que não ocorria no ambiente de trabalho. E aqui deixo outra dica: treinem sentenças. Não dá para absorver todos os detalhes da técnica no interregno entre a segunda fase e a sentença, a menos que você seja uma pessoa com uma capacidade diferenciada dos demais.
Ficar na sentença é dose, mas tive que aprender a superar esses momentos. No total foram seis angústias (RJ, MG, MA, PR, Campinas, SP).
Mesmo diante das batalhas perdidas sempre encontrei forças para prosseguir. É verdade que nesses momentos nós nos questionamos. Não é raro o caminho dos concursos ensinar que “os homens também choram”. Mas a força maior era o desejo de atingir o objetivo e acreditava que DEUS estava no comando e na devida hora DELE os frutos seriam colhidos. No meu caso são válidas as conhecidas palavras de Rocky Balboa: “o mais importante não é o quanto você é capaz de bater, mas o quanto você é capaz de ser atingido, resistir e continuar em frente. Se tiver forças para resistir, a vitória será conquistada (é mais ou menos isso).
Hoje vejo que as derrotas foram uma purificação: precisava passar por aquilo para me tornar uma pessoa melhor.
Convicto de que nenhum sucesso na vida compensa o fracasso no lar, nunca deixei de trabalhar, de manter atividades junto à Igreja e de cuidar da família. Tudo isso é por demais importante. É preciso saber dosar as coisas, pois todas, de certa forma, contribuem para o resultado final.
Enfim, na sétima sentença fui aprovado (Campinas). Uma série de fatores contribuíram para isso, dentre eles posso dizer: 1) já tinha feito várias sentenças no meu trabalho sobre o mesmo assunto da sentença do concurso XXV; 2) junto com alguns amigos do GEMT (Marcelo Marques, Anderson Relva, Jobel Amorim, Luís Henrique, Umberto Scramim e Fabiano Veiga) trocamos muita informação para a prova de sentença; 3) treinei sentenças, simulando a situação real; 4) por último e o mais importante: acredito que a vontade de DEUS estava presente.
Durante muito tempo pensei que a solução da prova tinha que ser impecável para obter a aprovação. Não é assim. Digo isso porque cometi alguns equívocos na prova, mas eles não foram suficientes para a reprovação. É bem verdade que precisamos estudar para chegar no melhor possível, mas não pensem que só passam aqueles que fazem com perfeição a sentença ou a segunda fase. Enfim, é preciso acreditar.
Bem, ao final da jornada o que de mais importante e valioso ficou foram os amigos. Ainda que toda a luta fosse só por assim poder chamá-los (amigos), valeria a pena. Quantos amigos maravilhosos fiz ao longo do caminho ! Oh, como sou grato a DEUS por eles. Sei que são amizades que perdurarão para sempre e isso é maravilhoso. Não vou nominá-los para não incorrer na imperdoável omissão de esquecer algum. Na verdade, alguns desses amigos, e aqui, obviamente, estão incluídas as amigas, são como irmãos e irmãs para mim. Em meu coração guardo-os com distinta consideração.
Por isso meus amigos, posso dizer sem medo de errar que o GEMT é uma família. Sinto não poder descrever com precisão meus sentimentos de gratidão por todos aqueles que tanto me ajudaram. Verdadeiros anjos surgiram ao longo do caminho. A preocupação dos amigos com a preparação para a fase oral foi notável. Quantas mensagens de incentivo recebi na semana da prova oral ! Como agradecer por tudo isso ? Só o tempo permitirá, mas agora o que posso dizer é obrigado, obrigado e obrigado.
Para não delongar demais, encerro dizendo que me coloco à disposição dos amigos para ajudar naquilo que puder. Fiquem à vontade e, dentro de minha capacidade, ficarei grato por poder auxiliar alguém.
Um forte abraço a todos.
Vanderson Pereira de Oliveira

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