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MPT: Lucro do trabalho escravo chega US$ 150 bilhões ao ano

22 de maio de 2014

Estudo da OIT foi apresentado terça (20). Luís Camargo defendeu aprovação de PEC que prevê expropriação de terras onde haja trabaho forçado

Brasília – O lucro das empresas que exploram o trabalho escravo em todo o mundo é estimado em US$ 150 bilhões ao ano. Os números fazem parte de um relatório apresentado nesta terça-feira (20) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em cerimônia realizada no Tribunal Superior do Trabalho. Na ocasião, o procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, ressaltou a importância da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 57-A, a ser votada no dia 27 deste mês no Senado Federal, que prevê a expropriação de terras onde haja incidência de trabalho escravo.

Para a diretora do escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, “o trabalho forçado é um dos crimes mais lucrativos do mundo. Ele não ocorre somente em países em desenvolvimento, em países pobres, hoje a atividade faz parte da dinâmica de empresas modernas”, alertou.

Em sua fala, o procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, reiterou a necessidade de aprovação da PEC. “Se há um país que tem contribuído ao enfrentamento do trabalho escravo, esse país é o Brasil. A aprovação da PEC 57-A representará a consolidação de uma ferramenta importantíssima, pois decreta a pena de perdimento de bens onde exista essa chaga, que é o trabalho escravo no país”.

Relatório – De acordo com o Relatório da OIT, cerca de 21 milhões de homens, mulheres e crianças se encontram em situação de trabalho forçado atualmente. Desse total, 22% são vítimas de exploração sexual. As empresas privadas são as líderes em exploração do trabalho escravo – 90% do lucro são a elas destinadas. No panorama global, a Ásia concentra a maioria dos lucros, sendo que dois terços dos ganhos nessa região têm origem na exploração sexual. É no Pacífico Asiático, especialmente, onde há o maior número de trabalhadores explorados: 12 milhões ou 56% do total.

O relatório analisa tanto o lado da oferta quanto da demanda por trabalho forçado. Baseia-se em dados primários e, pela primeira vez, fornece evidências sólidas da correlação entre trabalho forçado e pobreza. Para desenvolver a estimativa, a OIT utilizou dados econômicos armazenados no Banco de Dados Global 2012 e outros dados econômicos.

Fonte: www.pgt.mpt.gov.br

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