Unidades de Juara e Diamantino (MT) estão com as atividades parcialmente paralisadas há mais de 10 dias
Cuiabá – Terminou sem acordo audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) no conflito entre o frigorífico JBS e os funcionários da empresa em Diamantino, Juara e Juína (MT). Duas das três plantas (Juara e Diamantino) estão há mais de 10 dias com as atividades parcialmente paralisadas devido a greve dos empregados. As tarefas ainda executadas vêm sendo mantidas através do remanejamento de operários de outras unidades.
O encontro foi realizado na quarta-feira (4), em Cuiabá (MT), e contou com a participação da presidente do Sintiaal (Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação, Frigoríficos, do Álcool e de Refinação de Açúcar nos Municípios de Tangará da Serra e Região), Nara Leão, do representante do sindicato patronal, Jovenino da Cruz Borges, e do gerente regional de Recursos Humanos da empresa, Carlos Eduardo Mercúrio, acompanhado de quatro advogados.
Segundo o procurador do Trabalho Leomar Daroncho, que conduziu a mediação pelo MPT, apesar da resistência dos dois lados em celebrar um acordo, houve avanços. “Conseguimos abrandar um pouco as restrições impostas tanto pela empresa quanto pelos trabalhadores para dar início a uma negociação, tendo sido possível, inclusive, ouvir alguns tópicos de reivindicação. Todavia, as posições extremadas dificultaram a resolução do impasse”, frisou.
Impasse – O gerente regional Carlos Eduardo Mercúrio deixou claro que a orientação do frigorífico era no sentido de dar andamento às negociações exclusivamente por meio do sindicato patronal, ou seja, de não tratar o assunto diretamente com os trabalhadores. Mercúrio explicou que a postura foi adotada devido à tentativa dos empregados em forçar um acordo coletivo de trabalho. A empresa comunicou que entrou com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho e que aguardará a decisão do Tribunal.
A presidente do Sintiaal, por sua vez, afirmou que a greve foi deflagrada em razão do frigorífico não ter cumprido propostas anteriormente pactuadas. Os trabalhadores pedem aumento de 8% na folha salarial, vale alimentação de R$ 200,00, retirada do banco de horas e compensação na jornada de trabalho, além da participação nos lucros e resultados da companhia. O sindicato da categoria também exige a garantia de emprego pelo período de seis meses para os grevistas e o abono dos dias parados.
Fonte: www.pgt.mpt,gov.br